Nos últimos anos, observamos a extrema-direita mundial se concentrar em um movimento específico: a cultura woke. Longe de oferecer uma crítica fundamentada, os ataques ao movimento buscam, sobretudo, obstaculizar qualquer discussão progressista e antidiscriminatória que possam promover.

Por Gabriela Assad, para Instituto Aurora

(Foto: Lara Jameson / Pexels)

A cooptação das ideias consideradas revolucionárias pelo liberalismo econômico se tornou aceitável diante da atual fase do sistema capitalista. Isso significa utilizar de pautas/bandeiras do movimento feminista, LGBTQIAP+ ou negro para proveito econômico, sem considerar aquilo que essas causas representam para a própria comunidade ou para a sociedade como um todo. 

Às falsas defesas desses movimentos atribuímos termos como pinkwhashing – deste podemos ouvir também o termo pink money –, greenwashing ou blackwashing. A inclusão do termo washing (lavagem, em português) se refere a empresas que, falsamente, se autodeclaram aliadas à diversidade de gênero, à defesa do meio ambiente ou à causa antirracista, respectivamente, a fim de ganhar mercado. 

Recentemente, acompanhamos o surgimento do que parece ser uma nova denominação para isso: a cultura woke. Woke refere-se, nesse sentido, a “estar atento”, “acordado”, diante das discriminações e injustiças sociais. No entanto, embora tenha alcançado grande público, especialmente entre as novas gerações, as quais já consideram insustentável a manutenção de determinadas condutas discriminatórias, é perceptível que esse movimento provoca incômodos na camada mais reacionária da população. 

Não obstante ao reforço identitário levantado pelo movimento que pode, a depender do cenário, corroborar no esvaziamento de algumas pautas, nos encontramos em uma encruzilhada onde devemos proteger a existência de lutas antidiscriminatórias frente ao avanço da extrema-direita. 

Tópicos deste artigo

Publicado em 05/03/2025.

O que é a “cultura woke”?

Segundo o dicionário Oxford (Oxford English Dictionary), o termo woke refere-se ao ato de “despertar” ou “estar atento”. Em 2017, este termo ganhou um novo significado: estar atento às discriminações e injustiças social e/ou racial. Algumas pessoas acreditam que quem cunhou o termo foi o romancista Willian Kelley quando, em 1962, publicou um artigo no The New York Times com o título “if you´re woke, you dig it”. Seria algo como “se você estiver atento, vai entender”. 

Diante do crescimento desse movimento, a utilização de expressões discriminatórias e preconceituosas é rejeitada – é o caso de termos que incitam o ódio contra a comunidade LGBTQIAP+ ou de expressões machistas, racistas ou xenófobas –, assim como práticas antiecológicas e com crueldade animal. O recente apelo pela substituição de algumas palavras que, historicamente, possuíam cunho racista, é um exemplo disso. 

Interessante ressaltar que, especialmente em decorrência da massificação provocada pelas redes sociais, este fenômeno é, predominantemente, jovem – ligados à movimentos estudantis, trabalhadores recém inseridos no mercado de trabalho, alas mais modernas de partidos políticos, etc. –, motivo pelo qual se atribui o movimento ao “radicalismo jovem” ou ao famigerado “mimimi”.

Como consequência desse movimento, acompanhamos – felizmente – o crescimento de adaptações cinematográficas de alguns clássicos em versões mais inclusivas e diversas, como na adaptação live-action de A Pequena Sereia, onde a Ariel, protagonizada por Halle Bailey, é negra, ou no recente sucesso de Barbie, na qual Margot Robbie interpreta a boneca sucesso dos anos 90 em sua versão feminista. 

No entanto, apesar de ter ganhado maior repercussão com o movimento Black Lives Matter – que incentiva a denúncia da brutalidade policial contra pessoas negras –, esse fenômeno passou a ser visto como uma defesa ao que consideram “politicamente correto”, bem como de uma pretensa hipocrisia daqueles que acreditam ser superiores por suas ideais progressistas. Esta é a razão pela qual woke passou a ser visto como sinônimo de ideias de esquerda e políticas liberais. 

O próprio dicionário Oxford se antecipa e pontua que este é um termo frequentemente utilizado de modo pejorativo por “pessoas que se opõem a novas ideias e mudanças políticas” ou que acreditam que algumas pessoas “se incomodam facilmente com essas questões”.

Todavia, apesar de ser atribuído à “nova esquerda”, é possível que esse seja um fenômeno próprio da esquerda identitária ou centro liberal – cujo abandono da dimensão estrutural/material das reinvindicações políticas é uma característica. Assim, já que não há como enfrentar as limitações impostas pelo capital, se transverte o sistema, mas com características mais modernas, menos conservadoras e, claro, mais coloridas. 

Ataques da extrema-direita e batalha cultural

Longe de se resumir à derrubada de estátuas, como a de Borba Gato, à destruição de livros considerados racistas, como ocorreu em escolas do Canadá, ou à reedição e criação de personagens fora dos padrões, o movimento woke parece indicar uma mudança situacional no sentido contra-hegemônico – e talvez por isso seja tão criticado por aquelas pessoas que tentam manter o status quo dominante.

Para Christian Laval (2022), é comum que se coloque como wokismo tudo aquilo que costumam não gostar nos movimentos pela igualdade – o que abrange muita coisa. Isso ocorre porque, além de ser um empreendimento de subversão cultural ocidental, se apresenta como uma recusa ao pretenso universalismo humanista, atribuindo direitos àqueles renegados historicamente. 

A própria utilização da palavra “cultura” para denominar o movimento pode indicar essa necessidade de mudança conjuntural significativa. Sendo cultura, etimologicamente, um indicativo daquilo que pode ser cultivado, tratado, denominar o movimento woke de “cultura” aponta que determinadas mudanças, se bem tratadas, podem vir a se tornar costumeiras.

Segundo Meseguer (2022), é possível que grande parte das discussões a respeito de justiça social, políticas identitárias e teoria da raça tenha emergido de novas produções cinematográficas e plataformas de mainstream. No entanto, embora demande, ao fim e ao cabo, um maior reconhecimento de direitos, esse fenômeno rapidamente se transformou em um “novo campo de batalha cultural entre progressistas e conservadores” (Meseguer, 2022).

Vejamos o exemplo do filme da Barbie. Lançado no Brasil em julho de 2023, o filme foi produzido pela Mattel como um rebranding (reposicionamento de marca) após longos anos de declínio em vendas. A boneca, antes símbolo dos excessivos padrões de beleza impostos à mulher, encarnou uma autêntica feminista – pelo menos aos olhos do mercado – e saiu da Barbieland ao mundo real, onde as imperfeições pareciam ser mais aceitas e as mulheres alcançavam mais espaços de poder. 

Observa-se, contudo, o poder da indústria cultural, principalmente sob a influência de Hollywood, de absorver lutas identitárias – deixando de lado qualquer caráter revolucionário que o movimento possa ter. O movimento feminista, cuja luta pela retomada de direitos políticos, sociais e econômicos às mulheres deve ser interseccional, agora passa a ser visto como um grande movimento cor-de-rosa de mulheres brancas classe média alta que, como o conservadorismo propaga, são “histéricas”. 

Não obstante a isso, é visível o incômodo sentido pela extrema-direita, suficiente para que um grande alarde fosse gerado em torno do filme. Em meio à defesa dos valores tradicionais, da concepção de família burguesa e da moralidade cristã, a produção foi acusada de tentar destruir os “valores da juventude” e tentar incutir a tão temida “ideologia de gênero”.

Embora a atual tendência seja a incorporação desses discursos sobre diversidade, equidade e inclusão (DEI) à agenda institucional de algumas empresas, nem todo público parece estar preparado para essa conversa. 

Após tentar um rebranding da marca enfatizando a diversidade e deixando seu logotipo mais minimalista, a Jaguar, empresa automobilística conhecida por seus carros de luxo, observou suas ações despencarem. Elon Musk, CEO da Tesla e do X, antigo Twitter, criticou a postura da marca por, segundo ele, não ter carro na campanha. “Vocês vendem carros?”, indagou. A Jaguar, no entanto, nunca vendeu carros. Sempre foi luxo, sofisticação e poder. 

Ao retratar a tomada de consciência decorrente do movimento woke como uma atribuição de privilégios a grupos minoritários – que, em sua visão, estão destruindo os valores tradicionais e o “progresso” da nação –, a extrema-direita angaria aquela parcela da população que, descontente com o sistema socioeconômico vigente, encontra nas minorias o culpado ideal. 

Visando a frustração dos impulsos democráticos e igualitários, a produção de pânico moral funciona como uma estratégia adotada pela extrema-direita reacionária. Dentre as falácias apresentadas, a de que o wokismo está “doutrinando” os jovens ganha força, principalmente nas classes mais abastadas da sociedade – onde a difusão de preconceitos, revisionismo histórico e negacionismo científico ganha mais adeptos do que a defesa de direitos. 

Recentemente, o Intercept Brasil divulgou uma matéria denunciando um programa da produtora Brasil Paralelo nas escolas do país, denominado de Projeto Mecenas. Segundo a própria produtora, a intenção do projeto nas escolas é combater o suposto domínio das esquerdas nas instituições e “libertar as famílias do progressismo”. 

Movimentando altas quantias através de doações e sob a égide de discursos como o enfrentamento à “doutrinação de crianças” e à “destruição de valores familiares”, essa intervenção na educação carrega uma intenção específica: propagar desinformação e cooptar ouvintes para os projetos da extrema-direita. 

Essa não é a primeira vez que a educação é atacada pelo campo reacionário. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também utiliza esse conceito como “trunfo” eleitoral. Para ele, essa “onda” woke, endossada pela agenda do ex-presidente, Joe Biden, foi formulada para destruir os costumes e valores tradicionais do povo estadunidense. 

Flertando com o fim do Departamento de Educação, em funcionamento desde 1979, Trump alegou que pretende parar com a “doutrinação da juventude americana” no seu governo. Ao condenar tudo aquilo que entende como “propagandas do universo woke”, Trump defende uma “educação patriótica” longe de discussões como raça, equidade e identidade de gênero, bem como um maior controle dos pais sob os professores. 

Disputa política e extremismo

Dentre as críticas de ambos os espectros políticos, a direita, ou melhor, extrema-direita, se destaca por atribuir o movimento woke à censura. A utilização deste termo aqui aparece não como uma restrição injustificada à liberdade de expressão, mas como uma perceptível recusa às condutas antidiscriminatórias defendidas. Dito de outro modo, a crítica decorre da proibição da utilização de discursos de ódio e antidemocráticos por parte da camada mais reacionária da população.

A “policialização” da linguagem, sobretudo em algumas expressões, seria uma forma de exercer coercitividade sobre os demais, como se houvesse uma “ditadura da linguagem”, derivada da ditadura do “politicamente correto” – esta dos mesmos criadores da famigerada “ditadura comunista”. 

Nessa seara, o argumento de que a cultura do cancelamento se apresenta como uma estratégia para boicotar aqueles que consideram seus adversários ideológicos ganha força. Para autores como Gerlero (2020), a cultura do cancelamento funciona como uma busca constante para impor um “modo correto” de enfrentar as situações, gerando um “cancelamento do pluralismo sociocultural e suas manifestações” (Gerlero, 2020). 

Nota-se que o cancelamento seria uma demonstração clara do controle e vigilância sob as redes, razão pela qual a esse fenômeno se deu o nome de Cibertotalitarismo (Gerlero, 2020). No entanto, interpretações como esta visam gerar/produzir medo – algo próprio da estratégia da extrema-direita. 

Embora a cultura do cancelamento seja prejudicial do ponto de vista de um esvaziamento de pauta – ensejando resultados contraproducentes –, é importante não dar vazão às armadilhas da extrema-direita ultraconservadora ao tecer críticas ao fenômeno, especialmente porque é este “wokismo” que pode estimular a reflexão em uma parcela considerável da população no que tange algumas práticas discriminatórias. 

Utilizando a censura como um grande termo guarda-chuva, a defesa da liberdade de expressão irrestrita, principalmente em canais de comunicação de massa, pode ser extremamente catastrófica – já que frequentemente se confunde liberdade de expressão com liberdade de ofensa. 

No dia 7 de janeiro de 2025, a Meta, empresa presidida por Mark Zuckerberg e controladora do Instagram e Facebook, noticiou que deixará de utilizar a checagem independente dos fatos, incluindo aqui a verificação de Fake News, substituindo-as por “notas da comunidade”. O intuito é, segundo Zuckerberg, “voltar às raízes em torno da liberdade de expressão”.

Visando se aproximar de Donald Trump, que tomou posse no dia 20 de janeiro, o presidente da companhia atribui a checagem dos fatos demandada por alguns governos como “censura”. Essa mudança provocou a manifestação de inúmeros governos que, preocupados com a medida, cobram esclarecimentos de Zuckerberg, dentre eles o Brasil e a Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia.  

A preocupação se volta principalmente à remoção de restrições em publicações preconceituosas a respeito de imigração, raça e identidade de gênero, o que concede aos usuários liberdade para a disseminação de discursos de ódio e que atentem contra sistemas democráticos. A tendência, com isso, é o aumento de conteúdos extremistas nas redes sociais e, por consequência, fora delas.

Encruzilhada

Diante desse cenário, a esquerda se encontra em uma encruzilhada: criticar as armadilhas do identitarismo woke ou protegê-lo frente os ataques da extrema-direita?

Historicamente, a esquerda sempre foi o campo político com tendências revolucionárias que, de fato, levava as críticas à público, denunciando todas as formas de opressão – classe, raça e gênero. Contudo, agora estamos diante de um cenário onde temos que defender ideias e estruturas centradas no liberalismo econômico para enfrentar a extrema-direita. 

Uma das armadilhas do identitarismo liberal-burguês é fazer acreditar que grandes mudanças ocorrerão apenas com uma representação de gênero simbólica em cargos de poder, sem que estruturas sociais sejam alteradas em favor de identidades de gênero subalternizadas, o que só ocorreria em um cenário de concreta representatividade.  

No entanto, frente aos ataques proferidos pela extrema-direita, a esquerda – não enquanto unidade, uma vez que o liberalismo também encontra espaço na esquerda, mas sim a ala mais revolucionária dela –, acaba por fazer a escolha de dar as mãos, momentaneamente, ao reforço da identidade neoliberal contra o conservadorismo reacionário próprio desse grupo. Embora continuemos a tecer críticas, parece mais razoável a existência de um identitarismo progressista liberal do que nenhum. 

Do mesmo modo, ainda que o capitalismo liberal tenha absorvido pautas que são próprias de movimentos sociais, enxergando nelas um nicho de mercado e levando ao esvaziamento de seu conteúdo – o que parece ser o caso do movimento woke –, se faz necessário que forças de esquerda tomem frente e disputem o cenário ideológico com o campo reacionário. 

Segundo Rieff (2022), na ideologia woke a desigualdade material deixa de ser o epicentro da ação política em nome da representação racial, sexual e de gênero, razão pela qual embora muitos conservadores e liberais critiquem o movimento por seus compromissos culturais, ele não é visto como uma ameaça ao sistema. Dito de outro modo, esse parece ser um movimento “perfeitamente compatível” com a ideologia econômica atual, o capitalismo (Rieff, 2022). 

Nesse sentido, levanta-se a hipótese de que somente a esquerda, verdadeiramente comprometida com o enfrentamento às desigualdades sociais, poderá enfrentar as armadilhas impostas por esse tempo. Para o autor, a esquerda que não guarda ligação com o universo woke tem o poder de levantar críticas sem que isso seja encarado apenas como uma conduta reativa (Reiff, 2022). 

Portanto, aliada à defesa da valorização das identidades frente aos ataques do conservadorismo, a tarefa primordial é levantar a discussão sobre a cooptação e o esvaziamento de tópicos importantes pela ideologia neoliberal. Desse modo, embora muitas vezes a esquerda falhe em apontar as fragilidades do movimento por receio do campo reacionário, não fazê-la é abrir margem para o avanço da extrema-direita. 

Educação em Direitos Humanos para prevenir extremismos

O movimento woke, que mais parece com uma lavagem (washing) proposta pelo sistema do que uma real intenção de alterar as estruturas de opressão, pode encontrar uma barreira própria da coerência demandada pela Educação em Direitos Humanos (EDH). Isso porque a educação, quando em e para os direitos humanos, não se restringe a pautas identitárias – apesar de reconhecer a importância da reafirmação das identidades. 

Diferentemente do modelo de educação cívico e “anti-woke” proposto por figuras como Trump, a educação em direitos humanos é, acima de tudo, democrática e inclusiva. Longe de gerar impedimentos ao debate, algo que poderíamos atribuir à agenda anti-woke ao invés da woke, a pedagogia quando libertadora é, essencialmente, dialógica. 

Freire (1967) aponta, coerentemente, que sociedades onde se nega o diálogo, ou seja, a interação com aquilo que é diferente, se fazem preponderantemente “mudas” – onde o mutismo é encarado não como a ausência de resposta, mas como a acriticidade oriunda de um cenário de antidiálogo. 

Diferente da formulação de uma crítica embasada ao movimento por suas armadilhas identitárias, a insurgência de um movimento ‘anti-woke’ sugere uma tentativa de silenciamento de tudo aquilo que é diferente, diverso e humano. A educação em direitos humanos, nesse cenário, caminha no sentido oposto, reafirmando as identidades, culturas e vozes antes subalternizadas. 

Considerações finais

Embora a cultura woke se proponha a caminhar no sentido contra-hegemônico, isto é, desafiando o status quo e sendo contrário a todas as formas de discriminação, é perceptível que as mudanças situacionais propostas não reverberam tão incessantemente na materialidade da vida social  como aparentam – e nem como gostaríamos. 

Apesar dessas armadilhas identitárias, em que representações simbólicas e alterações vocabulares prometem mudar o mundo, o movimento woke questiona a manutenção de condutas opressoras, razão pela qual se torna imperativo que o protejamos – com as ressalvas necessárias – frente às ameaças da extrema-direita, ala mais conservadora e reacionária do espectro político. 

Denominando de wokismo ou “onda woke” qualquer movimentação no sentido de discutir identidade e/ou gênero, raça, classe, etnia ou religião, a extrema-direita recorre ao pânico moral e a criação de fantasmas para reafirmar seus preconceitos e uma pretensa superioridade frente aos seus adversários ideológicos. 

Além disso, apesar da extrema-direita atribuir as mudanças defendidas pelo movimento à censura e à busca pelo “politicamente correto”, o apelo à liberdade de expressão diante de discursos de ódio é inadmissível. Longe de atribuir privilégios, e apesar das falhas identitárias próprias do sistema, o movimento woke acende a discussão sobre o reconhecimento de direitos aos menos favorecidos historicamente.

O Instituto Aurora atua na promoção e defesa da Educação em Direitos Humanos. Conheça mais sobre o nosso projeto “(Re)conectar”, que aborda questões referentes a discursos de ódio e extremismo.

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Algumas referências que usamos neste artigo:

AGENDA47: President Trump’s Ten Principles For Great Schools Leading To Great Jobs. Plataforma Oficial do Trump, 13 Set. 2023.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.

LAVAL, Christian. “Wokismo” ou a guerra cultural à francesa. Dossiê Territórios Urbanos e Estratégias do Neoliberalismo. Varia, n°35, 2022.

RIEFF, David. Solo la izquierda económica podrá vencer a lo woke. Letras Libres, 01 jun. 2022.

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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