Assim como na sociedade, a violência contra mulheres ocorre com muita frequência dentro das universidades. São inúmeras as situações nesse contexto, que impactam a qualidade de vida e trajetória profissional das estudantes, mas são tratadas como se não existissem nesse espaço. Neste texto falaremos a respeito dos motivos que levam a isso e como enfrentar a violência de gênero no ensino superior.

Por Maria Beatriz Dionísio, para o Instituto Aurora

(Foto: imagem do documentário The Hunting Ground)

O que ocorre dentro dos muros das universidades não se distancia da realidade marcada pelas desigualdades de gênero que vivemos fora delas. As disparidades de tratamento entre homens e mulheres existem dentro das instituições de ensino superior desde que foram criadas, mas sempre foram naturalizadas. Historicamente, a universidade sequer poderia ser frequentada por mulheres, pois era esperado que elas se dedicassem somente aos cuidados da casa e filhos. 

O texto “Por que apoiamos a pauta de gênero nas escolas?” dá um direcionamento para a importância de compreender as questões de gênero no contexto da educação. Nele, é descrito como os processos de socialização construídos na sociedade ditam crenças e comportamentos com base no sexo biológico. Além disso, explica a relação dessas construções sociais com as desigualdades de gênero e violência contra as mulheres.

Para compreender a violência de gênero (termo utilizado para se referir à violência contra as mulheres) na universidade é preciso partir daqui, entendermos que as expectativas sobre o que uma mulher ou homem deve ser ou fazer limitaram, acima de tudo, as escolhas das mulheres, principalmente quanto a sua carreira profissional (e se gostariam de ter uma ou não).   

Quando estamos falando da universidade, se acrescenta a essa conta a questão das inúmeras hierarquias que existem no contexto dessas instituições. As hierarquias demarcam ainda mais fortemente a questão de quem tem o poder neste lugar, como vemos, por exemplo, na relação entre professor(a)-aluno(a), onde as decisões do(a) docente impactam na vivência dos(as) alunos(as). 

A seguir, vamos aprofundar sobre as características da violência de gênero no ambiente universitário. Apontaremos as formas predominantes que esse tipo de violência se manifesta e o que podemos fazer a respeito disso na perspectiva da educação em direitos humanos.

Tópicos deste artigo:

Publicado em 11/06/2025.

Compreendendo o contexto universitário

O cenário em que a violência de gênero ocorre tem sua própria cultura, nesse caso a cultura universitária. Nela, os comportamentos e crenças são vistos como naturais e essenciais para que se sinta parte desse lugar. A cultura universitária não é sinônimo de algo negativo, mas pode ser um terreno fértil para a reprodução de desigualdades e discriminação. Assim como também pode ser o de transformação dessas questões. 

Mas o que compõe essa cultura universitária? 

  • Hierarquias (relação entre veteranos(as) e calouros(as))
  • Núcleos de convivência (repúblicas; moradias estudantis)
  • Vestimentas (abadás; moletons de cursos; camisetas de eventos)
  • Valores (interesses em comum; valorização da experiência universitária)
  • Responsabilidades (desempenho acadêmico, ex.: provas e trabalhos; desenvolvimento profissional, ex.: realizar estágios) 
  • Rituais de iniciação (trotes; hinos)  

O espaço universitário não é só habitado ou utilizado exclusivamente para formação educacional e desenvolvimento da trajetória profissional, mas integralmente vivenciado através desses elementos. A cultura universitária tem o papel de atender necessidades específicas de uma experiência, principalmente da juventude, como a demanda por liberdade, conexão, diversão, afeto, expressão e/ou lazer. 

Características da violência de gênero na universidade

As especificidades do fenômeno nesse ambiente abrange as seguintes características:

  1. Recorte da sociedade

A violência de gênero na universidade é a mesma violência contra as mulheres que encontramos fora dela. No entanto, a forma como ela ocorre ganha contornos das particularidades desse contexto, como o assédio sexual em relações de orientação acadêmica, a violência sexual em festas universitárias e o assédio sexual em trotes.

  1. Não ocorre somente nas dependências físicas da instituição

Para o enfrentamento desse tipo de violência na universidade, é importante compreender que ela não se limita ao espaço físico do campus. O contexto universitário é entendido como qualquer lugar que tenha representantes desse meio reunidos, seja em uma república, moradia estudantil, um bar, parques ou shoppings. 

  1. Pode estar presente nas diversas relações do contexto universitário

Ainda que a questão das hierarquias institucionais contribuam com a prática de violência em relações como entre professores-alunas, ela não se restringe a essa dinâmica. Pode ocorrer entre alunos-alunas, professores-funcionárias, funcionários-alunas e assim por diante, quer tenham outras hierarquias envolvidas ou não. Ou seja, está presente nas mais diversas relações desse contexto. 

  1. Naturalização da violência

É comum que os casos de violência não sejam facilmente identificados. Isso se deve, em grande parte, pela naturalização do fenômeno no ambiente, pois se confundem com a própria lógica institucional, ou seja, uma interpretação de que as coisas são daquela forma porque precisam ser ou fazem parte da cultura. Quem entra na universidade pela primeira vez, não sabe como ela funciona e ao se deparar com essas situações, por vezes tão sutis, acaba considerando naturais – e aceitáveis – desse lugar. 

Em 2015, o Instituto Avon publicou o estudo “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, um dos primeiros sobre o tema no Brasil. Nele foi utilizada uma metodologia que consistia em primeiro perguntar para as mulheres se haviam sofrido algum tipo de violência na universidade e, após a resposta espontânea a essa pergunta, posteriormente apresentavam uma lista com situações de violência questionando se haviam vivenciado alguma daquelas situações descritas.

Apenas 10% das mulheres responderam espontaneamente que já haviam sofrido violência de um homem na universidade ou em festas acadêmicas, mas quando estimuladas com a lista de violências esse número aumentou: 67% das participantes identificaram que foram submetidas a muitas das situações descritas. O estudo mostra essa dificuldade de identificação dos casos e naturalização de práticas de violência. 

  1. Silenciamento dos casos de violência  

Outra característica do fenômeno nesse ambiente, o qual impacta na realização de denúncias e enfrentamento, é que os casos sejam abafados ou não se tomem providências a respeito. 

Um documentário estadunidense chamado “The Hunting Ground” (2015) abordou os abusos sexuais em universidades dos Estados Unidos e expuseram como as universidades sistematicamente tentaram silenciar os casos de violência sexual ou se omitiram a prestar cuidados às vítimas, uma prática também conhecida como Violência Institucional. O documentário mostrou que as universidades tendem a prezar mais pela reputação da instituição, além de não se verem como responsáveis pelo enfrentamento da violência ou não terem qualquer preparo para lidar com os casos. Considerando esse cenário, as vítimas não vêem a denúncia como algo que pode ajudá-las. Pelo contrário, algumas podem até mesmo sofrer outras violências ou retaliações quando optam por denunciar a violência sofrida, algo comum no contexto universitário.  

Tipos de violência de gênero na universidade

A violência contra as mulheres nesse contexto pode se manifestar de diversas formas, a seguir estão algumas delas: 

  • Violência Física: Todo tipo de agressão física. Exemplo: Ser agressivamente segurada pelo braço, empurrada ou forçada ao consumo de bebidas alcoólicas e/ou outras substâncias.
  • Violência Sexual: Qualquer ato sexual indesejado, incluindo toques, assédio e abuso. Exemplo: Comentários inapropriados sobre o corpo, beijo forçado ou relações sexuais não consentidas.
  • Violência Psicológica: Condutas que visam humilhar, intimidar e diminuir a autoestima. Exemplo: Ter as habilidades questionadas por ser mulher, ser humilhada publicamente em sala de aula ou ser perseguida. 
  • Violência Moral: Envolve calúnia, difamação e injúria, atacando a honra e reputação da vítima. Exemplo: Ser colocada em rankings de beleza ou ser xingada por rejeitar investidas.
  • Violência Institucional: Envolve a ação ou omissão de representantes institucionais. Exemplo: Duvidarem do relato de violência sofrida da vítima ou não tomarem providências sobre os casos.
  • Assédio de Segunda Ordem: É a violência contra quem se solidariza com vítimas de violência de gênero. Exemplo: Deixarem de fazer trabalho em grupo com a pessoa ou tratá-la de forma hostil após apoiar uma vítima.

A violência sexual se destaca como uma das predominantes e é, globalmente, o enfoque de ações institucionais e políticas públicas. Embora todas estejam presentes, ocorram com frequência – como a violência psicológica – e se cruzem na prática.

Consequências da violência

São inúmeros os impactos na vida de estudantes que sofrem algum tipo de violência quando estão na universidade, como:  

  • Declínio da qualidade de vida
  • Impactos na saúde mental: depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
  • Baixo rendimento acadêmico e evasão do curso
  • Dificuldade nas relações interpessoais e afetivo sexuais
  • Distúrbios psicossomáticos (problemas físicos causados por sofrimento emocional) 

Como prevenir e enfrentar este problema?

A UN Women – United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women (2018) possui um guia de orientações práticas sobre como prevenir e responder a violência de gênero no campus. As ações recomendadas incluem:

  1. Avaliar a situação da violência em seu próprio campus, através de estudos de prevalências, grupos focais ou conversas com a comunidade acadêmica;
  2. Implementar uma política que traduza o posicionamento de tolerância zero à violência na instituição e que seu processo de desenvolvimento seja inclusivo e transparente;
  3. Eleger uma pessoa responsável por coordenar as estratégias para enfrentamento da violência;
  4. Estabelecer protocolos que descrevem os procedimentos necessários;
  5. Tomar medidas provisórias e de apoio, como qualquer ação que garanta a segurança de uma vítima ou outras pessoas;
  6. Criar mecanismos de monitoramento e avaliação de suas políticas, protocolos e programas;
  7. Ter um orçamento dedicado à realização de intervenções que abordem a temática;
  8. Fornecer apoio e serviços a quem sofrer violência, assim como conectar as vítimas a serviços especializados de longo prazo;
  9. Construir programas de conscientização e espectadores, para treinar os estudantes a reconhecerem uma situação potencialmente prejudicial e agir diante dela;
  10. Promover relacionamentos respeitosos e desafiar masculinidades nocivas através de intervenções para desenvolver habilidades ou que possam gerar mudanças de atitudes e/ou crenças. 

Como a educação em direitos humanos pode contribuir? 

Para a socióloga Maria Cecília Minayo, pesquisadora sobre violência, “o antídoto da violência não é a não-violência, o antídoto da violência é a inclusão social”. A inclusão é o reconhecimento e respeito de direitos fundamentais. Assim, a promoção da educação em direitos humanos tem um papel fundamental na transformação de crenças e comportamentos que promovem a desigualdade e violência contra as mulheres.

Em outro texto, abordamos sobre o Pacto Universitário de Educação em Direitos Humanos, uma ideia potente que foi descontinuada. No texto, foi destacado o papel da universidade para além da formação profissional, mas também de desenvolvimento pessoal e de transformação social. O que torna essencial se pensar sobre a educação em direitos humanos no ensino superior e em ações direcionadas a este propósito, como o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) prevê.

A violência de gênero na universidade é um grande problema para a sociedade, ela produz um ambiente hostil para as mulheres durante sua formação e marca a sua trajetória profissional e pessoal. O enfrentamento desse tipo de violência no contexto acadêmico encontra como desafios a naturalização e o silenciamento dos casos, o que faz com que a engrenagem das desigualdades de gênero apenas se perpetuem. A construção de um ensino superior mais igualitário, inclusivo e sem violências contra as mulheres precisa caminhar com a educação em direitos humanos para que promova transformação social.

O Instituto Aurora atua na promoção e defesa da Educação em Direitos Humanos. Conheça as nossas ações pela igualdade de gênero.

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Algumas referências que usamos neste artigo:

Violência contra as mulheres | Organização Pan-Americana de Saúde

O (não) lugar das mulheres na universidade

CULTURA UNIVERSITÁRIA E EXPERIÊNCIA DE JUVENTUDE DE ESTUDANTES DE GEOGRAFIA DA FCT/UNESP -PRESIDENTE PRUDENTE

Meu Consentimento Não Respeitado: Sequelas Corporais e Sexuais em Estudantes Universitárias Vítimas de Violência Sexual

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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    Aprendendo a ter conversas corajosas sobre direitos humanos
    Neste workshop, os colaboradores aprenderão princípios básicos da metodologia de Círculos de Diálogos, adaptada pelo Instituto Aurora para o contexto corporativo.
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    Construindo uma Cultura de Respeito e Inclusão
    Neste workshop, os colaboradores serão introduzidos a estratégias práticas para fortalecer a cultura organizacional com base nos direitos humanos. Utilizando metodologias interativas, como estudos de caso e dinâmicas reflexivas, exploraremos como criar um ambiente de trabalho mais inclusivo, alinhado a valores de respeito, equidade e diversidade.
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    Novas Lentes: ampliando percepções sobre relacionamentos interpessoais
    Neste workshop, os colaboradores serão convidados a desenvolver uma nova perspectiva sobre as relações no ambiente de trabalho. Por meio de dinâmicas interativas e da escuta de histórias pessoais, trabalharemos a empatia como ferramenta essencial para fortalecer vínculos, reduzir conflitos e construir um ambiente mais respeitoso.
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    Comunicação assertiva: primeiros passos
    Neste treinamento, utilizamos os princípios da Comunicação Não Violenta (CNV) para ensinar técnicas de diálogo claro, empático e respeitoso. Os colaboradores aprenderão a expressar suas necessidades de forma assertiva e a lidar com conflitos de maneira construtiva, promovendo relações mais saudáveis e produtivas.
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    Construindo confiança interpessoal
    Neste workshop, abordamos estratégias para criar um ambiente onde os colaboradores se sintam confortáveis para se expressar sem medo de julgamentos. Por meio de reflexões e práticas voltadas para a conexão genuína, os participantes aprenderão a fortalecer o senso de pertencimento e o engajamento dentro da equipe.
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    Diagnóstico da cultura de direitos humanos na empresa e dos riscos psicossociais associados aos direitos humanos
    O diagnóstico é essencial para a elaboração de um plano de ação eficaz e personalizado, permitindo a identificação de necessidades e otimização de recursos.
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    Elaboração da Política de Direitos Humanos
    Ter uma Política de Direitos Humanos bem estruturada e aprofundada é essencial para garantir que a empresa vá além do cumprimento normativo e realmente incorpore princípios em sua cultura organizacional. Uma política robusta não apenas orienta a tomada de decisões e define diretrizes para colaboradores, fornecedores e stakeholders, mas também fortalece a reputação da empresa e a protege contra riscos socioambientais e reputacionais.
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    Monitoramento e avaliação dos avanços
    O monitoramento e a avaliação servem para acompanhar a evolução do processo de consultoria, garantindo que as ações implementadas estejam alinhadas aos objetivos propostos e gerem impactos reais na cultura organizacional.
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