“(Re)conectar: aproximando pessoas para superar a violência às escolas”, projeto do Instituto Aurora, busca superar a violência às escolas por meio da educação em direitos humanos e sem armas.

O Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos, organização da sociedade civil (OSC) de Curitiba (PR), lança campanha de financiamento coletivo para arrecadar recursos para o projeto “(Re)conectar: aproximando pessoas para superar a violência às escolas”, uma nova proposta da instituição que pretende reunir comunidade escolar e poder público para o enfrentamento a esse tipo de ameaça. Com a arrecadação online, o Instituto Aurora pretende arrecadar até R$ 60 mil e ampliar a atuação para diversas regiões do país. 

Os recentes ataques a escolas e creches demonstram que esses casos estão ficando cada vez mais frequentes no Brasil. Entre 2002 e 2023, foram registrados 24 ataques às escolas. Desses, 10 ocorreram desde setembro do ano passado, o que corresponde a mais de um terço do total. As informações são do relatório “Raio-x de 20 anos de ataques a escolas no Brasil (2002 – 2023)”, do Instituto Sou da Paz.

A pesquisa “Ataques de violência extrema em escolas no Brasil”, realizada pela professora Telma Vinha e pela mestranda Cleo Garcia, da Unicamp, também tem analisado esses casos e constatou que a imersão em cultura extremista foi a motivação que causou o maior número de mortes em ataques premeditados.

Em resposta a esse problema, que não tem solução simples nem rápida, o projeto “(Re)conectar” propõe atuar em diversas frentes:

  • Produzir materiais didáticos e informativos para a comunidade escolar;
  • Distribuir esses materiais para escolas;
  • Realizar formações de educadores/as e da comunidade escolar;
  • Organizar momentos de escuta da comunidade escolar sobre experiências relacionadas ao tema;
  • Articular diálogos com o poder público, especialmente Sistema de Justiça e órgãos da Educação, para estimular a criação de um protocolo de prevenção/encaminhamento que seja fundamentado nos direitos humanos e não na militarização.

Com o lançamento da campanha de financiamento coletivo, o Instituto Aurora pretende viabilizar todas essas ações, e garantir a continuidade do projeto em 2024. Para isso, foram estipuladas quatro metas de arrecadação, assim, a cada meta atingida, novas ações poderão ser executadas.

O projeto “(Re)conectar” conta, atualmente, com duas parcerias. Um material didático já está sendo produzido em conjunto com o grupo de pesquisa e extensão “De mãos dadas por amplos caminhos”, da Unila, voltado para a comunidade escolar, especialmente educadoras/es, com distribuição gratuita.

Em parceria com o Latinoamérica21, será publicado um artigo por mês, escrito ao lado de pesquisadores/as convidados/as ou com relatos de experiências das ações em escolas. Ao final do ano, estes artigos serão compilados em um e-book, também de distribuição gratuita.

A campanha de financiamento coletivo está disponível na plataforma Apoia.se, no link: https://apoia.se/reconectar_escolas

Sobre o Instituto Aurora

O Instituto Aurora tem como missão defender e promover a educação em direitos humanos,  contribuindo para a construção de uma sociedade justa socialmente e livre de discriminação e preconceitos. Faz isso por meio de projetos que envolvem pesquisa e relacionamento com o setor público, assim como ações educativas (palestras, oficinas, rodas de conversa) – tendo como principais públicos-alvo: juventudes, meninas e mulheres, e servidores públicos –, pautadas no diálogo, na pluralidade e na democracia e alinhadas com a Agenda 2030 da ONU.

Com essa perspectiva como guia, desde 2018, o Instituto Aurora atua na defesa e promoção de uma educação em direitos humanos (EDH) que fortaleça os processos de empoderamento individual e de grupos e que estimule o desenvolvimento da empatia e do senso de cooperação.

Foto: Barbara Vanzo

(Release enviado para a imprensa em 05/06/2023).

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
A vitória é de quem?
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Liberdade de pensamento: você tem?
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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