O projeto Biblioteca Mais Plural (BmP) é um projeto de Educação em Direitos Humanos (EDH) que promove o respeito às diferenças por meio da literatura e do diálogo e a ampliação da visão de mundo de jovens atendidas pela socioeducação, instituições de acolhimento e organizações da sociedade civil, bem como das próprias educadoras e educadores. 

O projeto engloba duas atividades principais: a ampliação dos acervos de livros dos centros de socioeducação, instituições de acolhimento e organizações sociais com obras que representam a pluralidade e a diversidade, doadas por pessoas físicas e jurídicas parceiras; a capacitação de servidores responsáveis pelas bibliotecas e/ou outros designados para realizar atividades periódicas de rodas de leitura e diálogo com as adolescentes e mulheres atendidas. 

Inicialmente, o projeto consistia em três encontros: 

  • Encontro 1: tem o objetivo de passar alguns conceitos, como o de Educação em Direitos Humanos, de empatia, e de literatura como um direito humano e uma forma de desenvolvimento da empatia. Além disso, o encontro tem a finalidade de familiarizar as participantes com a metodologia dos círculos de diálogo.
  • Encontro 2: tem como objetivo mostrar como pode ser realizado um círculo de diálogo a partir do material disponível em e-book, baseado em um dos livros que as servidoras receberam na unidade.
  • Encontro 3: O principal tópico foi apresentar a metodologia dos círculos de diálogos como uma possibilidade para educar em direitos humanos a partir da literatura. 

Posteriormente, a capacitação foi ampliada para 6 encontros e, na edição final, reduziu-se novamente para 3.

Entre abril e setembro realizamos as capacitações do Biblioteca Mais Plural com servidoras e servidores da socioeducação de quatro estados: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. 

30/04 – Capacitação MT

Realizamos o encontro do projeto Biblioteca Mais Plural com servidoras de um Centro de Atendimento Socioeducativo de Internação Provisória e Internação Feminina de Cuiabá, da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Mato Grosso. No total participaram 6 servidoras. 

04/05 e 06/05 – Capacitação RS

Realizamos os encontros do projeto Biblioteca Mais Plural com servidoras da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul. No total participaram 3 servidoras.

11/05 e 13/05 – Capacitação Chapecó/SC

Realizamos os encontros o projeto Biblioteca Mais Plural com servidoras do Centro Socioeducativo Regional de Chapecó do Departamento de Administração Socioeducativa de Santa Catarina. No total participaram 5 servidoras.

06, 09/07 – Capacitação SC; MT; PR; ES

Realizamos os encontros com servidoras de servidores do Centro Socioeducativo Regional de Chapecó, do Centro Socioeducativo Feminino Regional de Florianópolis, Centro de Socioeducação Joana Richa, Unidade Feminina de Internação de Cariacica do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo e  Centro de Atendimento Socioeducativo de Internação Provisória e Internação Feminina de Cuiabá. No total participaram 17 pessoas.

21 ,23, 28/09 – Capacitação PR

Realizamos os encontros com servidoras e servidores do Centro de Socioeducação Joana Richa do Departamento de Socioeducação do Paraná. No total participaram 7 pessoas.

23 a 25/11 – I Chamada Biblioteca Mais Plural

Com o objetivo de ampliarmos o alcance do projeto, em novembro, realizamos a primeira chamada pública do Biblioteca Mais Plural. Assim, este se tornou o primeiro projeto do Instituto Aurora que alcançou todas as regiões do Brasil. Ao todo, foram mais de 20 inscrições de organizações e instituições que já trabalhavam ou desejavam trabalhar com a literatura para a sensibilização de meninas e mulheres. Das instituições selecionadas, sete receberam dez livros da nossa curadoria junto com um e-book com roteiros para realização de rodas de conversas sobre os livros. Além disso, 8 instituições – sendo 2 Centros de socioeducação, 2 instituições de acolhimento de adolescentes e mulheres e 4 organizações da sociedade civil – receberam uma formação de 6h sobre educação em direitos humanos, literatura e empatia, e práticas restaurativas em ações educativas envolvendo literatura. Ao todo 21 pessoas participaram das formações. 

As instituições participantes foram: 

  • COASSEJE – Lar Dona Anita – Americana/São Paulo
  • Coletiva Mulheres na Serra – Nova Friburgo/Rio de Janeiro 
  • Coletivo de mulheres com deficiência do Maranhão – São Luís/Maranhão
  • CRAM – Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Foz do Iguaçu/Paraná
  • Fundação da Criança e do Adolescente Bahia – Salvador/Bahia
  • Instituto Desengavetar – campina Grande/Paraíba 
  • Instituto Cultural Aníbal Machado – Borrachalioteca de Sabará e Sala Son Salvador (bibliotecas comunitárias) – Sabará/Minas Gerais
  • Instituto Socioeducativo do Estado do Acre – Rio Branco/Acre
Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
Formações customizadas
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
Consultoria em promoção de diversidade
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Minha empresa quer doar

    Minha empresa quer doar
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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
    Depoimento de professora de Campo Largo
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