São ofertadas 90 vagas para pessoas, especialmente, do Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil. Formação online ocorre a partir de rodas de conversa e garante certificado. Inscrições podem ser feitas até 14 de novembro.

Em novembro, quando se valoriza o mês da Consciência Negra, lembrado dia 20, o Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos, promove mais uma edição do projeto Diálogos Inter-raciais. A oportunidade busca estimular a criação de espaços saudáveis para a prática de conversas que reconheçam e valorizem identidades, histórias e culturas negras e dos povos originários tradicionais.

Estão sendo ofertadas 90 vagas gratuitas para educadoras e educadores, especialmente, do Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil, além do público em geral interessado em construir ou aprofundar conhecimentos sobre temas envolvendo questões étnico-raciais na sociedade. As trocas vão ocorrer a partir de rodas de conversas entre os participantes e uma facilitadora. O projeto teve início em 2020 e esta é a sexta edição. Nas cinco edições anteriores, já participaram 150 pessoas.

A formação é resultado de uma parceria entre o Instituto Aurora e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Curitiba. A todas as pessoas que participarem, será gerado um certificado concedido pelo IFPR de oito horas formativas.

“Nosso maior objetivo é fornecer contribuição para combater a invisibilização e o silenciamento dessas populações, além de apontar a responsabilidade das pessoas brancas na luta antirracista”, explica Michele Bravos, diretora-executiva do Instituto Aurora.

Metodologia, abordagens e inscrições

A metodologia utilizada na formação é a dos Círculos de Diálogos e vai contar com o suporte de diferentes obras de arte para sensibilizar e estimular as reflexões entre as pessoas participantes.

Entre os temas da conversa, estarão assuntos como autoidentificação, ancestralidade, lugar de fala e relações inter-raciais, todos, abordados por uma perspectiva crítica, decolonial e de desenvolvimento de conexão entre as diferenças que nos constituem. Serão formadas três turmas diferentes, para a realização de três ciclos de conversas compostos por quatro encontros em cada ciclo. Todas vão se reunir no final de novembro deste ano, entre os dias 19/11 e 29/11.

Com objetivo de expandir o impacto da iniciativa, os encontros de formação ainda resultarão na produção de uma série de quatro episódios de um podcast, além de material didático, que vai servir de apoio para futuros multiplicadores desses conhecimentos.

As inscrições para participar das formações de novembro podem ser feitas até o dia 14/11/2024 pelo link bit.ly/dialogosinterraciais2024. Após uma avaliação dos organizadores, a fim de garantir a diversidade nas turmas, a equipe confirmará a inscrição dos interessados até o dia 19/11/2024.

Sobre o Diálogos Inter-raciais

O projeto Diálogos inter-raciais é executado pelo Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos e tem como parceiro institucional o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal do Paraná (IFPR), o que permitirá que o projeto aconteça em três regiões do país, por meio dos Neabis de outros estados brasileiros. Essa parceria também permite que a formação seja certificada por uma instituição de ensino reconhecida pelo MEC, o Ministério da Educação.

Esta edição do projeto Diálogos inter-raciais conta com o apoio financeiro do Fundo de Financiamento Alumni – Bicentenário das Relações EUA-Brasil, da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

“Queremos disseminar o conhecimento sobre o ‘racismo estrutural’, estimulando a sensibilização e o debate sobre discriminação, posicionamento antirracista, empoderamento, falando também sobre o papel das pessoas brancas como aliadas na defesa do respeito à diversidade e valorização da representatividade”, conclui Michele.

Também é importante destacar que a equipe do projeto é sempre inter-racial. A desta edição, é formada por mulheres que se auto identificam como brancas, pretas, indígenas e asiáticas.

Confira os horários das turmas:
Turma 1 (noite): 19/11, 21/11, 26/11 e 28/11, das 18h às 20h.
Turma 2 (manhã): 25/11, 26/11, 27/11 e 28/11, das 09h às 11h.
Turma 3 (tarde): 25/11, 26/11, 27/11 e 28/11, das 14h às 16h.

*Todos os encontros são online. Inscrições até o dia 14/11 em: bit.ly/dialogosinterraciais2024.

Sobre o Instituto Aurora

O Instituto Aurora nasce, oficialmente em 2018, com a missão de defender e promover a educação em direitos humanos no Brasil, contribuindo para a construção de uma sociedade com justiça social e livre de discriminação e preconceitos. Fazemos isso por meio de projetos que envolvem pesquisa e relacionamento com o setor público, assim como ações educativas (palestras, oficinas, rodas de conversa) – tendo como principais públicos-alvo: juventudes, meninas e mulheres, e servidores públicos –, pautadas no diálogo, na pluralidade e na democracia e alinhadas com a Agenda 2030 da ONU.

Entre 2018 e 2023, o Instituto Aurora impactou diretamente 10.857 pessoas. No entanto, se considerarmos a participação em formações online e as visualizações destes conteúdos, mais de 23 mil pessoas já foram alcançadas.

Escrito por Claudia Guadagnin, Assessora de Imprensa do Instituto Aurora.

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
Minha empresa quer doar

    Minha empresa quer doar
    [caldera_form id="CF5f3eb06356163"]
    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.