Você sabia que existe uma data em que inúmeros povos, dos mais diversos países, culturas e tradições, se engajam para a realização de doações? Pois é, o Brasil participa desse movimento em prol da solidariedade desde 2013 e hoje te convidamos a saber mais sobre o Dia de Doar.

Por Gabriela de Lucca, para o Instituto Aurora

(Foto: Franciele Correa)

O Dia de Doar faz parte de um movimento chamado #GivingTuesday (terça-feira de doação), que teve início em 2012, nos Estados Unidos. Lá, o dia de doar acontece sempre na terça-feira após o “thanksgiving” (dia de ação de graças), comemoração bem tradicional daquele país, em que as pessoas costumam se reunir para agradecer às graças recebidas durante o ano. 

Além de um gesto de solidariedade, o Dia de Doar também se tornou uma resposta ao grande apelo consumista causado pela “Black Friday” e pela “Cyber Monday”, incentivando, dessa forma, uma maior conscientização em relação à cultura de acúmulo vivida em todo o mundo nos últimos anos.   

O Dia de Doar no Brasil

Em 2013, o Brasil aderiu a esse movimento e desde então tem celebrado, com mais 85 países ao redor do mundo, o Dia de Doar. 

Para você ter uma ideia da dimensão desse movimento, temos que, em 2021, o Dia de Doar mobilizou mais de 2,3 milhões em doações on-line e mais de 23 milhões de pessoas foram alcançadas pelas redes sociais. Por isso, a importância em falarmos e divulgarmos essa data, assim podemos aumentar essa cifra e ajudar ainda mais pessoas com as nossas doações.

Em 2022, o Dia de Doar já tem data para acontecer: 29 de novembro. Aqui no Brasil, o movimento é organizado pela ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos em parceria com o Instituto Mol. 

O objetivo desse projeto no Brasil, segundo Roberta Faria, Presidente do Instituto Mol, é tornar a doação uma ferramenta cívica e de exercício da cidadania, fazendo com que as pessoas escolham as causas para as quais contribuem e se aproximem dos interesses sociais de maneira mais específica e tangível.

A cultura de doação no Brasil e no mundo

A quarta edição da pesquisa Brasil Giving Report, promovida pela britânica CAF – Charities Aid Foundation e pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, apresenta um panorama sobre a cultura de doação no país, no contexto da pandemia.

Cerca de 60% dos respondentes da pesquisa afirmaram ter sofrido uma diminuição na sua renda, e 84% estavam preocupados com a situação econômica de si mesmos e da própria família. Essa incerteza parece ter afetado a generosidade. Além de uma diminuição da prática de doação para organizações do terceiro setor (de 53% para 49%), houve também uma queda na percepção do impacto positivo das organizações da sociedade civil, de 79% para 67%.

A pesquisa aponta ainda os motivos que fariam com as pessoas doassem para alguma organização social nos próximos meses:

  • Ter mais dinheiro (49%)
  • Saber como o dinheiro seria gasto (40%)
  • Mais transparência por parte das organizações beneficiadas (32%)
  • Encontrar uma instituição que trabalhe com uma causa sensibilizadora (26%)

Já a pesquisa World Giving Index 2021, também promovida pela CAF, apresenta um ranking global de solidariedade. Da mesma forma que no Brasil, a pandemia teve um impacto no desempenho dos países, especialmente naqueles que por anos lideraram o ranking: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Irlanda e Países Baixos.

Em primeiro lugar na pesquisa, ficou a Indonésia, com uma pontuação de 69. Na sequência, vieram o Quênia e a Nigéria. O Brasil aparece em 54º lugar na lista, subindo 14 posições em relação à pesquisa de 2018, com uma pontuação de 35.

Um dado interessante da pesquisa é que o cenário de pandemia pareceu ser responsável por um número recorde de pessoas que responderam ter “ajudado um desconhecido” em 2020 (55%). O número de doações em dinheiro para instituições sociais também subiu para a marca de 31%.

Como contribuir com o Instituto Aurora no Dia de Doar

Você também quer fazer parte do movimento do Dia de Doar? Aqui no Instituto Aurora temos como missão ampliar o conhecimento em Direitos Humanos, e trabalhamos especialmente para assegurar a educação de qualidade, igualdade de gênero, redução das desigualdades e a cultura de paz e justiça. Caso se identifique com a nossa causa, você pode fazer uma doação pontual ou recorrente pela nossa campanha no Doare.

Além de doar, é importante que você também confira e fiscalize nossas atividades através da nossa página de transparência. Dessa forma é possível verificar quais projetos você tem ajudado a colocar em prática para tornar nosso mundo melhor.

Com essas duas atitudes: doar e fiscalizar, você está consolidando a cidadania e a democracia brasileira, uma vez que fortalece interesses sociais e coletivos em demandas que você entende necessárias ao desenvolvimento do país.

Por isso, nesta data e no ano inteiro, te convidamos a doar: seja seu tempo, sua habilidade, seu dinheiro, seus produtos. Doe! Em meio a tantas trocas, você certamente pode encontrar uma forma de doar e investir em projetos que te representem. 

Caso queira ajudar o Instituto Aurora, ficaremos mais do que gratas, e nos comprometemos em fazer o melhor para alcançar nossa missão. Por outro lado, se não for possível para você nos ajudar financeiramente, divulgue nossos projetos e o Dia De Doar para o seu círculo social. Isso, com certeza, também nos ajudará. 

Por fim, se você quer conhecer melhor nosso trabalho, clique no ícone “Quem Somos” e explore nosso conteúdo.

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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