O fenômeno do pânico moral não é novo, mas vai ganhando diferentes formas de se manifestar com o passar do tempo. Na atualidade, com redes sociais e mídia descentralizada, informações falsas circulam com mais agilidade, potencializando o sentimento de urgência e pânico.
Por Felipe F. Castro, para o Instituto Aurora
(Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)
Pânico moral é uma das estratégias usadas para a disseminação de discursos de ódio, podendo levar a atos de extremismo violento. O ambiente escolar é um dos espaços que têm sido usados como palco para a propagação do pânico moral, levando a atitudes como gravação de aulas, seguidas de ataques e ameaças a professores e professoras.
O fenômeno, muito ligado à radicalização de jovens, não é novo, mas se manifesta de diferentes formas ao longo do tempo. Vamos entender mais sobre o pânico moral e como combatê-lo.
O que vamos abordar neste artigo:
- O que é pânico moral e de onde vem
- Pânico moral na história
- Entre razões e emoções
- Educação em direitos humanos para prevenir o pânico moral
Publicado em 27/09/2023.
O que é pânico moral e de onde vem
Pânico moral, conforme explica Pierre Bourdieu (2011), é uma forma de violência simbólica provocada com base em interesses de classe, gênero, sexualidade e cultura. Ele é uma das estratégias de reafirmação de domínio tomada por quem detém poder relativo maior na sociedade, principalmente em relação às minorias. São aqueles e aquelas que construíram ou adquiriram boa parte de seu prestígio e status mediante um longo processo histórico que naturalizou a cor de suas peles, suas identidades de gênero, sexualidade, distinção social e quantidade de capital no centro da sociedade.
Violências simbólicas contribuem na manutenção dessas estruturas, provocando a incorporação e a reprodução desses valores e subjetividades pela maior parte das pessoas, mesmo quando são vítimas da dominação. Após incorporadas individual e socialmente, essas violências, como o pânico moral, são reproduzidas como parte natural na cultura. Isso pode acontecer através das escolas e da religião, mas normalmente partem do Estado e da mídia, ainda que tenham origem em determinados grupos.
Essas formas de violência passam geralmente despercebidas justamente pela repetição e por suas formas sutis de propagação. Mesmo quando são reconhecidas como formas de agressão, a maioria da sociedade desconsidera sua gravidade e reproduz até mesmo a maneira como agressoras e agressores as minimizam. A defesa recorre a todos os tipos de argumento, seja na distinção pela civilidade (valores ocidentais, judaico-cristãos, de bom gosto) ou em uma suposta raiz popular. Remetem à família, épocas distantes (que muitas vezes sequer existiram), falsas ideias de segurança, defesa de costumes, períodos históricos, ou teorias de conspiração.
Muitas vezes as agressões se baseiam em eventos isolados, como na suposta onda de assaltos à mão armada que estaria assolando a Inglaterra durante os anos 1980 e 1990, conforme narra o sociólogo Stuart Hall. Os chamados muggings serviram de narrativa para a mídia e partidos conservadores para popularizarem narrativas contra imigrantes, o que provocou o aumento da xenofobia e do racismo e ajudou a consolidar políticas de isolacionismo, e de estereotipificação de estrangeiros e estrangeiras não-brancos/as como criminosos/as.
Apelo aos afetos
Os filósofos Deleuze e Guattari (2017) falam sobre como essas manifestações recorrem aos afetos para mobilizar determinadas causas. Afetos, segundo ambos, seriam forças intensas ou modos de existência que fluiriam através dos corpos, produzindo conexões entre eles. Não haveria somente emoções, mas processos dinâmicos e criativos responsáveis por moldar a maneira como interagimos entre nós e com o mundo. Eles ainda discorrem sobre a existência de circuitos de afetos, padrões de movimento e interação dessas forças intensas que são capazes de se estender entre corpos, pessoas e o ambiente, criando conexões afetivas que influenciam a percepção e o comportamento. Podem ser afetados e moldados por influências externas, como pela mídia, por propaganda, e normas da sociedade (o que Bourdieu chama de nomos).
Deleuze e Guattari afirmam que os tais circuitos podem ser manipulados por quem está no poder, ou de maneira geral, quem deseja influenciar a percepção pública. Nesse sentido, o pânico moral apelaria justamente aos nossos afetos, agindo sobre nossas percepções e afetando o nosso juízo da realidade. Bourdieu afirma que construímos nossos comportamentos, dentre muitas coisas, também a partir dos esquemas de percepção que fazem parte das nossas vidas.
Manufaturando consentimento
O economista Edward S. Herman e o linguista Noam Chomsky (2011) falam sobre três aspectos centrais na construção da percepção da sociedade através da mídia: modelo de propaganda, agenda-setting, e manufatura de consentimento. O modelo de propaganda corresponderia aos interesses de classes dominantes propagados via propagandas inconscientes, selecionando notícias e manipulando a maneira como as narrativas são apresentadas. Agenda-setting diz respeito justamente a essa manipulação, focando na intenção por trás da influência causada nas pessoas.
Finalmente, a manufatura do consentimento possibilita construir pontos de vista graças aos dois primeiros. Podemos relacionar as ideias dos pensadores dizendo que o pânico moral é uma forma de violência simbólica propagada pela mídia que apela aos afetos e se utiliza dos circuitos que formamos, em sociedade. No entanto, é importante notar que discursos não são propagados somente por meio das formas tradicionais de mídia.
Talvez estejamos vivendo uma das novas fases da transformação informacional, considerada a mais recente face de uma nova revolução industrial: o advento das redes sociais e da mídia descentralizada. Plataformas políticas e discursos dos mais variados podem ser propagados graças à maneira como passamos a produzir e consumir informações. A internet passou a ser acessada por mais pessoas, mas se tornou comparativamente muito mais restritiva em relação ao conteúdo e àquilo que é acessado.
Parte significativa da presença online está nas redes sociais como Facebook, X (o antigo Twitter), Instagram, TikTok, ou serviços de mensagem instantâneas como o WhatsApp e o Telegram. Até o conteúdo se tornou mais restritivo e adaptado à existência dessas redes e serviços: existem portais de mídia independente que estão apenas no YouTube, ou artigos escritos, propagados e compartilhados apenas via grupos de trocas de mensagem.
Pânico moral na história
Casos como o registro mais antigo de pânico moral da história, o período de caça às bruxas na Europa e nos Estados Unidos, talvez se tornassem bem mais graves se acontecessem atualmente. A historiadora e ativista Silvia Federici (2019a) discorre sobre como a ascensão do Estado moderno e do capitalismo violou corpos e subjetividades através da violência de gênero, transformando permanentemente a sociedade em que vivemos. Ainda que sempre estivéssemos sob um regime de dominação masculina, Federici (2019b) aponta que essas formas se popularizaram e se tornaram infinitamente mais perigosas graças à repressão sofrida por meninas e mulheres no final do século XVI e ao longo do século XVII.
O cercamento das terras no campo realizado pela administração pública entrou em conflito com o papel da mulher, suas liberdades e cultura. Profundamente ligadas à terra, devotas de práticas que misturavam formas medievais do cristianismo e tradições pagãs, além de serem líderes de comunidades rurais, dotadas de conhecimento botânico, mulheres e meninas foram duramente reprimidas.
O chamado Malleus Maleficarum, ou Martelo das Bruxas, figurou como um dos diversos manuais de violência cultural campesina, especialmente numa época em que a violência de gênero se tornava política pública. Graças à aliança entre a igreja decadente, que se separava do Estado, a administração pública, e o nascimento da burguesia, surgiram diversas narrativas voltadas ao desapossamento das propriedades rurais e ataque à figura feminina. Todas que não se submetiam aos padrões morais e políticos foram caçadas e submetidas a violências.
Muitas foram perseguidas, julgadas, torturadas, condenadas e mortas no mundo inteiro, tidas como responsáveis por ondas de violência, pragas em plantações, crises políticas e econômicas, ou doenças. Algo similar aconteceu com a população judia, além de outras minorias étnicas, religiosas e raciais, especialmente durante o período de colonização, como resgatam e narram os pensadores bissau-guineense Amílcar Cabral e o martinicano Aimé Césaire.
A prática ainda existe
No mundo contemporâneo, o pânico moral se tornou mais comum e bem mais utilizado por setores dominantes da sociedade. No final dos anos 1980 e ao longo dos anos 1990, o continente americano foi palco do chamado pânico satânico, que teve origem nos Estados Unidos graças a setores mais conservadores da sociedade. Segundo as narrativas propagadas na época, diversos grupos supostamente satanistas cometiam crimes hediondos, principalmente contra crianças, em busca de poder e prestígio.
Casos emblemáticos como O trio de West Memphis dos EUA e O Caso Evandro do Brasil são exemplos da popularização de narrativas em histórias reais que serviram a agendas muito específicas. O pânico satânico foi, de certa forma, herdeiro do red scare, ou pânico comunista. A narrativa anticomunista é um exemplo revivido de pânico moral, com origem nos EUA da década de 1950 até os anos 1980, e tem se tornado mais popular no Brasil desde as eleições de 2018 (ainda que tivesse sido muito comum durante a Ditadura Militar).
Casos atuais: “Kit Gay” e Educação Sexual
Dois dos casos mais famosos de pânico moral das eleições presidenciais de 2018 tiveram relação com o “Kit Gay” e a presença da educação sexual nas escolas. Explorado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seus mandatos na câmara dos deputados e na corrida presidencial, o material que originou o chamado “kit gay” não passava de um teste pendente de aprovação pelo Ministério da Educação, em 2010, relacionado a um programa de combate à homofobia nas escolas. Segundo o ex-presidente e grupo de políticos formado por conservadores e conservadoras, o material faria parte de um suposto plano para atacar a heteronormatividade na sociedade.
A ofensiva seria justamente nas escolas, apresentando a noção de que pessoas LGBTQIA+ seriam pedófilas, e este seria um plano para sexualizá-las. O programa de Educação Sexual nas escolas também foi alvo desse e de outros grupos e políticos. O ex-presidente e seus seguidores e seguidoras acusam, sem fundamentos, a suposta intenção de partidos de esquerda e figuras progressistas em sexualizar as crianças, introduzindo os temas já presentes na polêmica do “Kit Gay”. A novidade seria a defesa ainda mais ferrenha dos bons costumes, da família tradicional, e da inocência das crianças.
O programa, no entanto, segue uma cartilha elaborada pelas Nações Unidas que prevê a educação sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTS), conhecimentos básicos sobre o próprio corpo, sinais de violência sexual e como proceder caso aconteçam, além de escalas de aprendizado compatíveis com as idades. Nesses casos, o pânico moral foi utilizado como peça não só de ataque às minorias sexuais no país, como também de reforço da posição política a partir de um discurso da moral e das tradições.
Foi dessas violências simbólicas que inúmeras das pautas de destaque para grupos minoritários se tornaram tabu, sofrendo até com controle institucional, como questões relacionadas à sexualidade, ao gênero, direitos reprodutivos, e raça.
Entre razões e emoções
É importante notar que o pânico moral é disseminado por meio de informações falsas com base no apelo às emoções e preocupações mais sensíveis de maneira individual e comunitária. Além disso, determinados grupos são mais resistentes às mudanças sociais, e se apegam às tradições e uma idealização do passado para defender seus pontos de vista — aproveitados por setores como a mídia e atores e atrizes políticos conservadores/as.
Citando Bourdieu mais uma vez, esse tipo de resistência e choque se chamam histerese (hysteresis). Para o francês, há persistência em relação às desigualdades sociais e àquilo que é considerado normal, mesmo quando as condições originais que as causaram já não existem mais. Essas desigualdades e compreensão de normalidade se mantêm através das práticas e estruturas que perpetuam vantagens e desvantagens para pessoas e grupos em detrimento a outras pessoas e grupos.
As informações falsas e fake news fazem parte da estratégia que favorece agendas e crenças que alguns/mas desses/as indivíduos/as sequer concorda ou acredita. O objetivo, independente do fundamento ou da concordância, é obter algum tipo de retorno, seja financeiro ou político. Existe a possibilidade que transformações sociais nem afetem os grupos que produzem o pânico, mas a própria narrativa serve para angariar votos, apoio e dinheiro.
Mas o que podemos fazer para combater situações como essas? Se pensadores como Bourdieu afirmam que nem sempre percebemos essas violências simbólicas, como lidamos com elas?
Notícias? Propaganda!
Em primeiro lugar precisamos entender que o pânico moral se faz presente através das chamadas fake news, que não são exatamente notícias, mas sim propaganda. A intenção da propaganda é convencer pautando um padrão de percepção e, consequentemente, comportamento. Propagandas nos fazem acreditar que determinados produtos ou serviços são melhores, manipulam dados sem precisar mentir diretamente sobre eles, criam factóides absurdos, e se baseiam em camadas distintas de informações falsas e verdadeiras. Funcionam com produtos e serviços, seguindo a lógica de marcas, mas trocando pela defesa de determinada causa, como a família.
A informação contida na propaganda falsa, nas fake news, segue o curso que qualquer outra estratégia de propagação seguiria. Por isso, apela para termos, expressões e frases que capturam a nossa atenção. Costumam misturar mentiras com verdades, e nos confundem apresentando até mesmo supostas provas do que estaria acontecendo. Mas mais do que isso, a informação falsa precisa ser consumida e reproduzida, independente do convencimento. Não faz diferença se concordamos ou percebemos que aquilo não é verdade: o momento em que nos deixamos levar e compartilhamos aquelas fake news, ainda que de forma crítica, auxiliamos no estabelecimento e na propagação das informações e garantimos que seu efeito seja ampliado.
O que fazer
Nesse sentido, somos todos e todas vulneráveis a todos os tipos de propaganda. O excesso de ceticismo ou cinismo não ajuda em nada. O importante aqui é alimentar uma série de hábitos que permite que enxerguemos a realidade como ela é, e nos tornamos capazes de discernir os monstros do armário dos casacos enrolados nos cabides. Para isso, é fundamental que:
- Verifiquemos se as informações compartilhadas nas redes, mensageiros e portais de notícia são verdadeiras.
Existem diversas maneiras de checar a veracidade das informações. Podemos buscar outras fontes, pontos de vista (até mesmo contrários aos nossos), e até a opinião de especialistas (lembrando de diferenciar quem realmente é especialista de quem se diz especialista em determinado assunto).
- Na dúvida, não compartilhe!
Ficou alguma pulga atrás da orelha? Existe uma chance daquilo não ser verdade? Você até desconfia da informação, mas duvida de que não fariam determinada coisa ou que aconteceria determinado fenômeno? Então, há dúvida! E na dúvida, não compartilhe!
- Atenção com quem descredibiliza outras fontes sem apresentar argumentos concretos, e insiste que não são confiáveis!
Todos e todas somos passíveis a erros, inclusive quem produz informação. Mas geralmente os enganos vêm seguidos de admissões e correções, e jamais da diminuição do trabalho de outras mídias. Desconfie de quem quer lhe fazer largar a checagem em diversos veículos de imprensa!
- No lugar de compartilhar na sua rede ou círculo de convivência, envie as informações e mensagens para grupos e serviços de verificação de fatos.
Existem organizações, instituições, segmentos, grupos, e pessoas que se dedicam à checagem de fatos, como: Estadão Verifica, Agência Lupa, Fato ou Fake, Agência Aos Fatos, Boatos.org, UOL Confere, e tantos outros. Se não se convenceu, cheque em mais de um lugar.
- Encontrou alguma mensagem ou informação falsa? Entre em contato e denuncie!
Caso se depare com alguma afirmação duvidosa, tenha checado e comprovado a não-veracidade, ou ainda esteja em dúvida, entre em contato com os órgãos responsáveis para sugerir a correção. Caso o problema persista, denuncie usando sites e plataformas das redes sociais. O governo federal tem um manual completo de como fazer denúncias do tipo!
- Opiniões contrárias
Procure informações e posicionamentos contrários, especialmente em diversos locais. Procure saber o que diferentes veículos de comunicação estão dizendo, procure colocações de outras pessoas sobre os temas. Ter contato com informações que são aparentemente incompatíveis faz com que reflitamos mais sobre os assuntos.
- Leia, releia, e caso seja necessário… leia mais uma vez!
Às vezes recebemos determinados conteúdos que mexem com o nosso íntimo. Vem a indignação, a raiva, o medo… e essas são reações normais. Mas é importante absorver o conteúdo de maneiras diferentes, especialmente em estados mentais diferentes. Será que isso é verdade? Será que alguém realmente faria ou falaria algo assim? Existem dados que corroborem com essa afirmação? Vamos com calma.
- Use a internet ao seu favor
Copie e cole trechos das informações e conteúdos e pesquisa em buscadores. Às vezes vale a pena até pedir para outra pessoa fazer isso. Teste diversos veículos de informação.
- Pratique a escuta ativa e se coloque no lugar da outra pessoa
Às vezes não consideramos alguma coisa relevante, ou alguma ação como violenta ou danosa, mas isso não significa que seja assim. Muitas vezes não estamos inseridos e inseridas no universo das outras pessoas, de outros grupos sociais, seus contextos e histórias. Ouça o que outras pessoas têm a dizer pacientemente. Tente se conectar com suas vulnerabilidades e entender a razão de suas mágoas, machucados e medos. Caso necessário, peça a ajuda de outras pessoas nesse processo. Nem sempre é fácil.
- Cultive esses e outros hábitos
Repetir todas essas dicas é muito importante, mas não vale de nada se não nos mantemos informados e informadas. Caso algum tema seja relevante, invista seu tempo, nem que um pouco de cada dia, para conhecer mais sobre o assunto e suas atualizações.
- Compartilhe essas e outras dicas
É fundamental que ajudemos outras pessoas em situações semelhantes. Compartilhe essas dicas, converse com outras pessoas. Saiba que somos todos e todas vulneráveis ao pânico e informações inverídicas, mas quando nos cuidamos e cuidamos de quem está ao nosso redor, reduzimos as ansiedades, controlamos nossos medos, e alimentamos redes positivas. Mudanças assim fazem toda a diferença.
E não esqueça do conselho de Douglas Adams em “O Guia do Mochileiro das Galáxias”: Não entre em pânico!
Educação em direitos humanos para prevenir o pânico moral
O Instituto Aurora atua na promoção e defesa da educação em direitos humanos. Entendemos que o pânico moral afeta diversos ambientes – entre eles, as escolas -, dificultando o diálogo e afastando as pessoas de uma cultura de direitos humanos.
Por isso, foi criado o projeto “(Re)conectar: aproximando pessoas para superar a violência às escolas”, que está em financiamento coletivo. O projeto pretende preparar professoras e professores para desafios atuais e, assim, ter uma chance de reduzir as violências planejadas contra as escolas e suas comunidades.
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Algumas referências que usamos neste artigo:
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2011.
COHEN, Stanley. Folk Devils and Moral Panics: The creation of the Mods and Rockers. Londres: Routledge, 2011.
CHOMSKY, Noam. HERMAN, Edward S. Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass Media. Nova York: Pantheon, 2011.
DELEUZE, Guilles. GUATTARI, Félix. Coleção Mil Platôs — 5 Volumes. São Paulo: 34, 2017.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva. São Paulo: Elefante, 2019a.
________________. Mulheres e Caça às Bruxas. São Paulo: Elefante, 2019b.
HALL, Stuart. Policing the Crisis: Mugging, the State, and Law and Order. Londres: Palgrave, 1978.