Em menção aos 100 dias de governo, o Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos apresentou uma carta de propostas a cinco ministérios e a parlamentares em Brasília, com o intuito de orientar próximos passos.

O Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos, organização da sociedade civil (OSC) de Curitiba, participou de reuniões em Brasília para apresentar uma carta de propostas ao governo federal. Fruto das conclusões de uma pesquisa nacional sobre o assunto, o documento propõe seis medidas emergenciais e conta com apoio de mais de 200 assinaturas, entre organizações da sociedade civil, representantes de instituições e pessoas físicas. O objetivo é fortalecer e propor melhorias a política pública nacional de Educação em Direitos Humanos (EDH), resgatar órgãos e projetos extintos, atualizar documentos orientadores, aprimorar o monitoramento e a transparência, e incorporar estratégias que respondam aos problemas contemporâneos mais urgentes, como é o caso da radicalização e da violência nas escolas.  A carta foi apresentada e entregue para cinco ministérios do governo Lula e para deputados e deputadas federais.

“Estamos otimistas com o compromisso demonstrado pelo governo federal durante esses três dias de intenso debate, quando as autoridades competentes deram sinais de que as medidas necessárias já estão sendo tomadas e aquelas mais complexas serão objeto de um diálogo que vai envolver a sociedade civil e os especialistas no tema”, comenta Michele Bravos, diretora-executiva da organização que articulou as visitas na capital federal.  “Como se trata de uma pauta transversal, entendemos que será necessário que os ministérios atuem de forma conjunta e articulada. A educação em direitos humanos não pode, nem deve se restringir a um setor isolado do governo”, completa. 

As reuniões apontaram para o real compromisso com a retomada do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, possibilitando a volta da participação social na construção da política pública de EDH. Também foi presenciado o tracejado de novos caminhos para a EDH, mais diversos e inclusivos, que a colocam em rotas ainda não bem exploradas, em uma perspectiva mais crítica para a área.

Quem recebeu a Carta de Propostas

A deputada federal pelo Paraná Carol Dartora foi nosso primeiro apoio e esteve presente na reunião com a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Rita Cristina Oliveira. Também foram realizadas reuniões com Assessoria de EDH desse Ministério, a Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Igualdade Racial, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação e com a Coordenação de Ensino do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A carta também foi entregue à assessoria da ministra Sônia Guajajara, do Ministério de Povos Indígenas.

Ainda, o Instituto Aurora conversou sobre propostas para a Educação em Direitos Humanos com os seguintes deputados e deputadas federais – diretamente ou por meio de seus assessores: Maria do Rosário (RS), Jandira Feghali (RJ), Erika Hilton (SP), Nilto Tatto (SP), Tadeu Veneri (PR), Luizianne Lins (CE), Pastor Henrique Vieira (RJ), Duda Salabert (MG), Guilherme Boulos (SP) (que é também liderança do PSOL na Câmara).  Além disso, a organização teve encontros com a Embaixada dos Estados Unidos e a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da UnB.

Reunião com a secretária- executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina Oliveira

Sobre a Carta de Propostas

A Carta de Propostas surgiu a partir da pesquisa Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil, realizada nos últimos três anos pelo Instituto Aurora. Após entrevistas com 34 gestores públicos responsáveis por essa área no país e do acompanhamento da última gestão dessa política pública no nível federal, a organização identificou e propôs seis medidas urgentes que devem ser adotadas pelo poder público:

  1. Retomar o Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos (CNEDH)
  2. Revisar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH)
  3. Criar mecanismos de monitoramento e avaliação da política pública de EDH
  4. Aprimorar aspectos de transparência da política pública de EDH
  5. Padronizar e normatizar para todo o país o que está previsto nos documentos orientadores da política pública de EDH
  6. Incluir o enfrentamento de todas as manifestações de extremismo e radicalismo em documentos orientadores da política pública em EDH

O texto completo da carta e o detalhamento de cada medida podem ser acessados no site do Instituto Aurora: https://institutoaurora.org/carta-de-propostas/

(Release enviado para a imprensa em 19/04/2023).

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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