Neste marco, Instituto Aurora alerta para a necessidade de fortalecimento da Educação em Direitos Humanos

(Foto: UN Photo)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) completa 75 anos em 2023, no dia 10 de dezembro. Ela foi pensada em um contexto pós-Segunda Guerra Mundial, para evitar que as atrocidades daquele período voltassem a ser cometidas.

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos é de grande importância por seu pioneirismo no tema, tendo inspirado diversos documentos pelo mundo, como a Constituição Federal Brasileira de 1988. A nossa Constituição pauta políticas públicas, que afetam diretamente as nossas vidas e deveriam estar conectadas com uma cultura de direitos humanos”, comenta Michele Bravos, diretora-executiva do Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos.

No Brasil e no mundo, persistem ameaças aos princípios democráticos e à concretização dos direitos humanos, como violências, discursos de ódio, autoritarismos, preconceitos e discriminações. Mesmo passados 75 anos da criação da DUDH, os desafios são grandes para que todas as pessoas tenham vidas com dignidade.

A pesquisa “Percepção Social sobre Mulheres Defensoras de Direitos Humanos”, realizada pela ONU Mulheres e o Instituto Ipsos, revelou que 61% das pessoas entrevistadas afirmaram conhecer “pouco” ou “nada” sobre direitos humanos. Além disso, 80% acreditam que o Estado brasileiro não garante integralmente os direitos humanos da população.

Para fortalecer o conhecimento sobre a própria Declaração Universal e também promover uma cultura de direitos humanos, é fundamental o desenvolvimento de políticas públicas de Educação em Direitos Humanos (EDH). Tanto que o tema aparece em destaque em dois documentos de Grupos de Trabalho do governo federal: “Relatório de recomendações para o enfrentamento ao discurso de ódio e ao extremismo no Brasil” e “Ataques às escolas no Brasil: análise do fenômeno e recomendações para a ação governamental”.

Nos relatórios, aparece a necessidade de estabelecer e consolidar a Educação em Direitos Humanos como política de Estado, capacitar agentes e servidores públicos, promover a EDH nas escolas e na sociedade, produzir e distribuir materiais didáticos, entre outras ações.

“Em tempos de propagação do ódio a pessoas específicas, majoritariamente mulheres, pessoas LGBTI+, e pessoas negras e indígenas, é preciso que a população seja lembrada constantemente de que toda pessoa é detentora de direitos, digna de respeito e de existir no mundo. Por isso, a educação em direitos humanos é tão necessária. Ela não apenas ensina o que são direitos humanos, mas sensibiliza para o reconhecimento do outro”, diz Michele.

O Instituto Aurora atua com projetos de promoção e defesa da EDH e, nos últimos três anos, realizou a pesquisa “Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil”, que avalia a institucionalização da área em nível estadual e federal. Os materiais estão disponíveis para download gratuito no site da organização.

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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