O sexto dos 17 objetivos de desenvolvimento sustável (ODS) da Agenda 2030 está vinculado à disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento.

Por Ana Carolina Maoski, para o Instituto Aurora

(Foto: Pexels)

A busca por uma vida digna para todas as pessoas envolve a conquista de uma série de direitos, que muitas vezes são acessíveis a apenas uma parcela da população. O acesso à água potável e ao saneamento básico é um dos desafios a ser enfrentado nesse caminho.

Visando a erradicação de desigualdades econômicas, sociais e a proteção ao meio ambiente em todo o mundo, a ONU definiu em 2015 um conjunto de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) com uma série de metas a serem cumpridos até 2030. 

Nós já falamos no nosso blog sobre a Agenda 2030 e o processo de construção dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Para o Instituto Aurora, os ODS são essenciais na construção do mundo que queremos compartilhar não apenas no futuro, mas já no presente. 

Nossa atuação está focada na educação em Direitos Humanos, e entendemos que o conhecimento e a divulgação dos objetivos de desenvolvimento sustentável fazem parte desse processo. 

Por isso, trazemos no nosso blog um compilado de conteúdos para te ajudar a conhecer melhor as metas de cada um deles. 

Tópicos deste artigo:

Publicado em 31/01/2022.

Água e Saneamento para todas as pessoas!


O ODS 6 está incluído na área referente aos objetivos ligados ao planeta e fala sobre “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos”.

Saneamento básico está previsto no ODS 6
O saneamento visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de promover a saúde e melhorar a qualidade de vida da população.

As metas ligadas a esse objetivo, se dividem entre o direito de acesso da população a estes recursos e a preservação do meio ambiente para atingir tal propósito.

Alguns exemplos:

  1. buscar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos; bem como buscar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos;
  2. melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos;
  3. reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água;
  4. proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.

​​Para conhecer todas as metas relacionadas a este objetivo, acesse a página do ODS 6 no site da ONU!

Desafios do ODS 6 no cenário brasileiro 

Apesar dos esforços de organizações nacionais e internacionais direcionados para a resolução deste problema, no Brasil cerca de 100 milhões de pessoas, quase 47% da população, ainda não possuem acesso a sistemas de saneamento. 

Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) também revelam que a água tratada não chega a 16% dos brasileiros, ou seja, cerca de 35 milhões de habitantes consomem água não própria para consumo.

Essas informações, divulgadas em 2020, se referem a um levantamento realizado em 2018. No entanto, elas revelam que ainda há um longo caminho a ser percorrido até que todos no país tenham seus direitos garantidos no que se refere ao acesso à água potável e saneamento básico.

Já existem medidas governamentais focadas na universalização desses sistemas, assim como na ampliação da cobertura do acesso em todo o território nacional. É o caso da Lei do Saneamento Básico, aprovada em 2007 e revisitada em 2020 por meio do novo marco legal do saneamento. 

Contudo, para que condições dignas de acesso sejam viabilizadas para toda a população, essas medidas precisam ser colocadas em prática. Isso acontece, também, através de um processo de comprometimento dos órgãos governamentais com as agendas de desenvolvimento sustentável – como é o caso da Agenda 2030. 

Educação para transformar

Aqui no Instituto Aurora acreditamos que o foco na busca pela melhora da qualidade de vida de todos e todas, independentemente de classe social, gênero ou região geográfica é um trabalho coletivo, que passa também pela educação para os direitos humanos. 

Ter acesso à informação e se reconhecer como sujeito de direitos é um dos motores da transformação e do incentivo à mobilização popular na luta pela igualdade. Saiba mais sobre a nossa atuação na página “Quem somos”.

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Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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