Queremos criar um novo cenário nas escolas do Brasil. Desde 2018, o Instituto Aurora atua defendendo e promovendo uma educação em direitos humanos (EDH) que fortaleça os processos de empoderamento individual e coletivo e que estimule o desenvolvimento da empatia e do senso de cooperação.

Para que jovens se sintam pertencentes e possam conviver com diferenças, é preciso transformar a cultura de ódio em cultura de paz e o preconceito em respeito. É na escola que essa transformação pode acontecer. Diferente do bullying, as violências atuais têm motivações ideológicas. Vamos preparar professoras e professores para esse novo desafio e, assim, ter uma chance de reduzir as violências planejadas contra as escolas e suas comunidades.

Criamos o projeto “(Re)conectar” alinhado com experiências que desenvolvemos anteriormente. Já realizamos atividades no ambiente escolar, com estudantes e profissionais de ensino, e também com jovens em atendimento socioeducativo e servidores públicos de diferentes áreas. Temos, ainda, nos dedicado à pesquisa sobre a área, e nosso “Panorama da Educação em Direitos Humanos do Brasil” chegou às mãos de cinco ministérios do governo federal e foi citado no relatório do Grupo de Trabalho de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, instituído pelo ministro Silvio Almeida.

Com os recursos arrecadados para o projeto, pretendemos:

  • Produzir materiais didáticos e informativos para a comunidade escolar;
  • Distribuir esses materiais para escolas;
  • Realizar formações de educadores/as e da comunidade escolar;
  • Organizar momentos de escuta da comunidade escolar sobre experiências relacionadas ao tema;
  • Articular diálogos com o poder público, especialmente Sistema de Justiça e órgãos da Educação, para estimular a criação de um protocolo de prevenção/encaminhamento que seja fundamentado nos direitos humanos e não na militarização.
  • Informações mais detalhadas estão disponíveis nas metas da campanha.

Vamos juntas, juntes e juntos contribuir para a existência de escolas que possam ser lugares de compartilhamento de valores humanos e democráticos, acolhimento e pertencimento!

Faça uma doação via PIX para o Instituto Aurora e contribua com a realização do projeto.

Por que esse tema é tão urgente?

Os recentes ataques a escolas e creches demonstram que esses casos estão ficando cada vez mais frequentes no Brasil. A pesquisa “Ataques de violência extrema em escolas no Brasil”, realizada pela professora Telma Vinha e pela mestranda Cleo Garcia, da Unicamp, tem analisado os casos ocorridos entre 2002 e 2023. Nesse período, foram 23 ataques em escolas. Desses, 9 ocorreram desde setembro do ano passado, o que corresponde a mais de um terço do total.

Ainda de acordo com a pesquisa, a imersão em cultura extremista foi a motivação que causou o maior número de mortes em ataques premeditados.

Não se pode ignorar também o crescimento de células neonazistas no Brasil. Sendo que as cidades com números mais preocupantes são: São Paulo (SP), com 96, Blumenau (SC), com 63, e Curitiba (PR), com 50, de acordo com dados de relatório do Observatório Judaico de Direitos Humanos. Ao mesmo tempo, a impunidade que ainda caracteriza o espaço digital tem servido de arma nas mãos desses grupos extremistas que incitam a violência. 

Os jovens que têm se engajado em grupos de ódio com ideias de caráter extremista estão se radicalizando cada vez mais cedo.

Para saber mais:

Brasil e a crescente violência nas escolas

O papel das escolas na prevenção ao extremismo violento

Como é a escola que queremos para nossas juventudes no Brasil?

As sociedades em crise favorecem o extremismo e o suicídio entre jovens

Um novo foco para a Educação em Direitos Humanos no Brasil: o enfrentamento da radicalização à extrema direita

[Reportagem] Ataques em escolas


English version

We want to create a new scenario for our schools! Since 2018, Instituto Aurora has been defending and promoting human rights education (HRE) that strengthens individual and collective empowerment processes and encourages the development of empathy and a sense of cooperation.

In order for young people to feel that they belong and to be able to live among differences, it is necessary to transform a culture of hate into a culture of peace, and prejudice into respect. It is at school that this transformation can happen. Unlike bullying, the current violence in and against schools being registered in Brazil has ideological motivations. Let’s prepare teachers for this new challenge and thus have a chance to reduce planned violence against schools and their communities.

We created the “(Re)connect” project in accordance with previous experiences we had developed. We have already carried out activities in the school environment, for students and teaching professionals, for teenagers in juvenile centers, and also for public servants working in different fields. We also have been dedicating ourselves to research projects. The report “An Overview for Human Rights Education in Brazil” was delivered to five ministries of the federal government and was mentioned in the report “Countering hate speech and extremism in Brazil”, organized by specialists nominated by the Minister of Human Rights, Silvio Almeida.

With the funds raised in this crowdfunding campaign, we will be able to:

  • Elaborate didactic and informative materials for the school community;
  • Distribute these materials to schools;
  • Offer trainings for educators and the school community;
  • Organize listening moments for the school community about experiences related to the subject;
  • Articulate dialogues with the public authorities, especially the ones in the Justice System and Educational bodies, to encourage the creation of a protocol for prevention and countering based on human rights and not on militarization.

Let’s go together towards contributing for schools to be places of sharing humanity and democratic values, acceptance and belonging!

Contact us to make a donation.

Why is this topic so urgent?

Recent attacks on schools and day care centers in Brazil demonstrate that these cases are becoming more and more frequent in the country. The research “Attacks of extreme violence in schools in Brazil”, carried out by Professor Telma Vinha and master’s student Cleo Garcia, from Unicamp, has analyzed cases that happened between 2002 and 2023. During this period of time, there were 23 attacks on schools. Out of these, 9 took place since September 2022, corresponding to more than a third of the total.

Still, according to the research, being immersed in extremist culture was the motivation that caused the highest number of deaths in premeditated attacks.

The growth of neo-Nazi cells in Brazil cannot be ignored either. The cities with the most worrying numbers are: São Paulo (SP), with 96 identified cells, Blumenau (SC), with 63, and Curitiba (PR), with 50, according to data from the Jewish Observatory on Human Rights. At the same time, the impunity that is still observed in the digital environment has served as a weapon in the hands of these extremist groups that incite violence.

Young people who have engaged in hate groups with extremist ideas are becoming radicalized at an earlier age.

To know more:

Brazil and the escalating violence in schools 

The role of schools in preventing violent extremism

What school do we want for our young people in Brazil?

Societies in crisis favor extremism and suicide among young people

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
Minha empresa quer doar

    Minha empresa quer doar
    [caldera_form id="CF5f3eb06356163"]
    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.