Fundamentado em pesquisa realizada pelo Instituto Aurora, documento pretende provocar o
poder constituído para que a política pública de EDH seja retomada e atualizada no país.

O Instituto Aurora lançou uma carta de propostas sobre Educação em Direitos Humanos (EDH) que será encaminhada para o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). O documento foi construído com base no diagnóstico da pesquisa Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil, realizada nos últimos três anos pela instituição e que mostra como a política pública nacional de EDH precisa ser repensada no país. Pessoas e instituições podem manifestar apoio até a próxima sexta-feira, 10 de março, por meio de assinatura da carta em formulário disponível no site da iniciativa.

A carta surgiu no atual contexto de retomada da pauta após uma série de episódios de negligência e desmonte de direitos aplicados pelo Estado brasileiro nos últimos anos. “Acreditamos que a mudança de administração federal é uma grande oportunidade para retomar e aperfeiçoar uma agenda de políticas públicas em EDH”, declara Michele Bravos, mestra em Direitos Humanos e diretora-executiva do Instituto Aurora.

Os dados coletados pela instituição e disponíveis para acesso público no site da organização são fruto do diálogo com mais de 30 gestores públicos responsáveis por essa área no país e do acompanhamento da última gestão dessa política pública no nível federal. Os analistas identificaram pontos sensíveis e foram elaboradas seis medidas urgentes que precisam ser adotadas pelo poder público:

  1. Retomar o Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos (CNEDH)
  2. Revisar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH)
  3. Criar mecanismos de monitoramento e avaliação da política pública de EDH
  4. Aprimorar aspectos de transparência da política pública de EDH
  5. Padronizar e normatizar para todo o país o que está previsto nos documentos orientadores da política pública de EDH
  6. Incluir o enfrentamento de todas as manifestações de extremismo e radicalismo em documentos orientadores da política pública em EDH

Essas medidas estão no texto da carta de propostas com o detalhamento sobre cada uma delas. Até o dia 10 de março, todos que acreditam na importância da Educação em Direitos Humanos podem manifestar seu apoio assinando o documento no link institutoaurora.org/carta-de-propostas, seja como pessoa física ou representante de algum órgão, organização ou instituição.

Importância da EDH no Brasil

Lançado no fim do ano passado, o levantamento “Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil: órgãos, políticas e ações” se soma às edições publicadas anteriormente, que analisaram os biênios 2019-2020 e 2021-2022. Juntos, os panoramas formam uma pesquisa quantitativa inédita sobre o tema que evidencia a importância de termos registrado e difundido de forma acessível o histórico da EDH em uma perspectiva nacional.

O materiais podem ser baixado em https://institutoaurora.org/panorama-da-educacao-em-direitos-humanos/

Além disso, também está disponível um Banco de Dados interativo, em que as informações estão compiladas num mapa com dados dos estados, numa linha do tempo do governo federal e numa ferramenta que permite a comparação entre até três estados. O banco de dados pode ser acessado em https://panorama-edh.institutoaurora.org/

Esse relatório destaca a extinção em 2019 da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, lançado em 2003, assim como o abandono do Pacto Universitário para a Educação em Direitos Humanos, criado em 2017, entre outras perdas.

Com as mudanças, o setor de Educação em Direitos Humanos foi alocado no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e o Instituto Aurora defende que o tema, além de permanecer no MDHC, retorne para o MEC, para que a EDH seja pensada também no âmbito da educação formal.

“Cremos que a EDH é mais do que uma pasta do governo. É um movimento que entende que o Brasil deve ser um lugar socialmente mais justo e livre de preconceitos, e que a educação e a arte são grandes ferramentas para transformar a realidade”, ressalta Michele.

Para André Bakker da Silveira, gestor de Pesquisa e Projetos no Instituto Aurora e doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná, assim como lemos, escrevemos e fazemos operações matemáticas, é essencial que saibamos o que são direitos humanos, quais são direitos de cada um e por que são importantes.

“É igualmente indispensável que reconheçamos as diferenças para aceitá-las e para estabelecermos relações positivas e sem opressão, assim como resolver conflitos sem violência”, completa o pesquisador.

Sobre o Instituto Aurora

Com atuação desde 2017, o Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos tem como missão defender e promover a educação em direitos humanos, ampliando a compreensão do tema e promovendo diálogos para o reconhecimento das diferenças e a construção da paz, prioritariamente, entre juventudes, mulheres e servidores públicos. O Instituto Aurora também está comprometido com a Agenda 2030, especialmente com os ODS 4, ODS 5, ODS 10 e ODS 16. Saiba mais em: https://institutoaurora.org/

(Release enviado para a imprensa em 08/03/2023)

Pontes ou muros: o que você têm construído?
Em um mundo de desconstrução, sejamos construtores. Essa ideia foi determinante para o surgimento do Instituto Aurora e por isso compartilhamos essa mensagem. Em uma mescla de história de vida e interação com o grupo, são apresentados os princípios da comunicação não-violenta e da possibilidade de sermos empáticos, culminando em um ato simbólico de uma construção coletiva.
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Quem é você na Década da Ação?
Sabemos que precisamos agir no presente para viver em um mundo melhor amanhã. Mas, afinal, o que é esse mundo melhor? É possível construí-lo? Quem fará isso? De forma dinâmica e interativa, os participantes serão instigados a pensar em seu sistema de crenças e a vivenciarem o conceito de justiça social. Cada pessoa poderá reconhecer suas potencialidades e assumir a sua autorresponsabilidade.
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A vitória é de quem?
Nessa palestra permeada pela visão de mundo delas, proporcionamos um espaço para dissipar o medo sobre palavras como: feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero. Nosso objetivo é mostrar o quanto esses termos estão associados a grandes avanços que tivemos e ainda podemos ter - em um mundo em que todas as pessoas ganhem.
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Liberdade de pensamento: você tem?
As projeções para o século XXI apontam para o exponencial crescimento da inteligência artificial e da sua presença em nosso dia a dia. Você já se perguntou o que as máquinas têm aprendido sobre a humanidade e a vida em sociedade? E como isso volta para nós, impactando a forma como lemos o mundo? É tempo de discutir que tipo de dados têm servido de alimento para os robôs porque isso já tem influenciado o futuro que estamos construindo.
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Formações customizadas
Nossas formações abordam temas relacionados à compreensão de direitos humanos de forma interdisciplinar, aplicada ao dia a dia das pessoas - sejam elas de quaisquer áreas de atuação - e ajustadas às necessidades de quem opta por esse serviço.
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Consultoria em promoção de diversidade
Temos percebido um movimento positivo de criação de comitês de diversidade nas instituições. Com a consultoria, podemos traçar juntos a criação desses espaços de diálogo e definir estratégias de como fortalecer uma cultura de garantia de direitos humanos.
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Minha empresa quer doar

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    Depoimento de professora de Campo Largo
    Em 2022, nosso colégio foi ameaçado de massacre. Funcionárias acharam papel em que estava escrito o dia e a hora que seria o massacre (08/11 às 11h). Também tinha recado na porta interna dos banheiros feminino e masculino. Como gestoras, fizemos o boletim de ocorrência na delegacia e comunicamos o núcleo de educação. A partir desta ação, todos as outras foram coordenadas pela polícia e pelo núcleo. No ambiente escolar gerou um pânico. Alunos começaram a ter diariamente ataque de ansiedade e pânico. Muitos pais já não enviavam os filhos para o colégio. Outros pais da comunidade organizaram grupos paralelos no whatsapp, disseminado mais terror e sugestões de ações que nós deveríamos tomar. Recebemos esporadicamente a ronda da polícia, que adentrava no colégio e fazia uma caminhada e, em seguida, saía. Foram dias de horror. No dia da ameaça, a guarda municipal fez campana no portão de entrada e tivemos apenas 56 alunos durante os turnos da manhã e tarde. Somente um professor não compareceu por motivos psicológicos. Nenhum funcionário faltou. Destacamos que o bilhete foi encontrado no banheiro, na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, após o segundo turno eleitoral. Com isto, muitos estavam associando o bilhete com caráter político. A polícia descartou essa possibilidade. Enfim, no dia 08, não tivemos nenhuma ocorrência. A semana seguinte foi mais tranquila. E assim seguimos. Contudo, esse é mais um trauma na carreira para ser suportado, sem nenhum olhar de atenção e de cuidado das autoridades. Apenas acrescentamos outras ameaças (as demandas pedagógicas) e outros medos.
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